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Vai um remedinho aí? Melhor não!

“O uso de remédios que alteram a química cerebral cresce a galope. O Rivotril foi o medicamento mais prescrito no Brasil entre 2013 e 2014”, de acordo com a Associação Brasileira das Indústrias de Medicamentos Genéricos (Pró-Genéricos), com base em dados do instituto de pesquisas Clode Up. As vendas de clonazepan, o princípio ativo do Rivotril, aumentaram 73% nos últimos nove anos e a de antidepressivos subiram 44% em cinco anos. As vendas do metilfenidato (princípio ativo da famosa Ritalina) subiram 775% entre 2003 e 2012.

No Brasil, existem mais farmácias do que padarias. São 78 mil drogarias, contra 63 mil padarias ( fonte: Associação Brasileira de Panificação e Confeitarias).

Com um “barulho” desses, quem dorme? Haja  comprimidos de melatonina pra regular o sono!

Referência: KEDOUK, Marcia. Os Segredos que os Médicos não Contam sobre os Remédios que Você Toma. Editora Abril, São Paulo, 2016.

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Médico afirma: diabetes tem cura

O médico Uronal Zancan afirma, com conhecimento de causa e experiência concreta,  que todas as doenças crônicas, inclusive o diabetes, podem ser curadas.

“A cura da Diabetes tipo 2 é possível para qualquer doente, desde aquele recentemente diagnosticado até aquele que já usa insulina há muitos anos.”

A visão dele certamente vai incomodar a todos os adeptos da Medicina  das Doenças, em detrimento da Medicina da Saúde, a que realmente deveria ser praticada. O modelo predominante somente beneficia a indústria farmacêutica, não os pacientes.

Dizer que remédios NÃO curam; que, ao contrário, ou agravam as doenças ou apenas retardam  as complicações, exige muita coragem; exige empenho em descobrir um caminho que verdadeiramente restaure a saúde das pessoas e não seja apenas repetição de procedimentos e paradigmas postulados sem reflexão e  sem preocupação com os verdadeiros fins.

“Neste vídeo eu falo como todos os pacientes ficam diabéticos, e da única maneira conhecida para curar a diabetes. E não é com nenhum remédio, pois os medicamentos não só não curam, como também não conseguem nem evitar que as complicações da diabetes ocorram em algum momento futuro”.

Diabético ou não, portador de doença crônica ou não, assista! Para reavaliar seus paradigmas!

Em algum momento terá que haver mudança de percurso nos rumos da atual medicina. No  momento, cada paciente terá que salvar a si próprio, indo atrás de novas práticas, recusando sentenças condenatórias do tipo “esta doença não tem cura, só controle”, “você terá que tomar remédio pelo resto da sua vida” ou “você precisa aceitar e aprender a lidar com sua doença”. Balela! Corra atrás da cura, ela é possível; tome os remédios somente enquanto eles forem úteis e necessários, mas considerando-os parte de processo transitório e  como algo dos qual você precisa se livrar. Mas terá que se envolver no processo de recuperação da sua saúde porque, como diz o doutor Zancan, “ninguém cura ninguém; a própria pessoa é quem se cura.”

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Psicoterapia no tratamento do diabetes

Visitei recentemente uma unidade de saúde especializada em diabetes, obesidade e hipertensão. Ando analisando a possibilidade de me envolver em projeto de pesquisa sobre doenças crônicas, em programa de doutorado. Quis ver de perto a proposta multiprofissional da equipe e saber qual o peso que tem a psicoterapia nas intervenções. Como previ, psicoterapia fica em plano secundário, se muito, e a do tipo terapia de suporte. Por que não dão ênfase maior, considerando-se a importância do trabalho de autoconhecimento no manejo dessas doenças? Perguntei à servidora que conversou comigo. A resposta dela: “porque não tem comprovação científica de que fazer terapia ajuda no tratamento de doenças crônicas”. Eu contesto, digo que já existem muitos estudos associando os resultados de processos terapêuticos à remissão de sintomas. A pessoa rebate: “mas nós não conhecemos esses estudos”. Para o Direito essa alegação não serviria. Não serve também para minha visão de boa prática de saúde; os profissionais precisam estar atualizados. Mas a queixa serviu como provocação para eu própria ir em busca desses trabalhos. Tarefa a cumprir nos próximos dias. Por ora cumpre-me o desafio de explicar a importância da psicoterapia para diabéticos, o que se aplica quase integralmente também a pessoas com obesidade e outras doenças crônicas.

A principal razão pela qual os médicos deveriam enfaticamente encaminhar, e não apenas recomendar, os diabéticos para processo terapêutico é que sem o autoconhecimento os pacientes continuarão a piorar, mesmo tomando medicação e/ou insulina. Por que? É a analogia que usei anteriormente, em outro post, do pus. Posso limpar o pus da minha mão, mas se não atacar a ferida continuará havendo produção de pus, que voltará a sujar minha mão. As emoções são essenciais nos processos de adoecimento, como expliquei no texto anterior. Se o paciente não toma conhecimento do próprio funcionamento, não integra aspectos da própria Sombra, não ressignifica suas experiências, entre outros efeitos da análise, as percepções disfuncionais, as emoções negativamente impactantes e os sentimentos adoecedores continuarão desequilibrando o organismo da pessoa.

Em adultos, o diabetes costuma se manifestar em situações de crise, como rupturas no lar, frustrações afetivas ou profissionais ou qualquer eventos intensamente estressores. As circunstâncias adversas muito emocionalmente impactantes são gatilhos que disparam a manifestação da doença, mas os agravos, o desequilíbrio já estava instalado no organismo há muito tempo.

A psicoterapia irá ajudar o indivíduo no trabalho (árduo!) de conhecer a si mesmo(a); enxergar as coisas indesejáveis e, também,  as boas que são ignoradas. E conhecendo, a pessoa poderá mudar muitas delas. Analisar-se é trazer das águas profundas do Inconsciente para a razão o que está nas sombras, desconhecido, recalcado, reprimido ou rejeitado. Iluminar-se é conhecer-se.  Tirar conteúdos do Inconsciente é impedir respostas autônomas, produzidas por forças desconhecidas (componentes de Complexos psicológicos, em termos junguianos); é reassumir o controle. O que está inconsciente em você lhe controla. Ou nunca fez algo que, racionalmente, não reconhece como resposta “estranha” e pensa “não sei porque agi daquele jeito, não queria fazer aquilo…” Não era mesmo você quem agiu, mas sua Sombra!

Então veja: sem o autoconhecimento, você vai continuar agredindo o seu corpo, sem perceber ou sem entender porquê. Manterá as atitudes compulsivas, como comer o que não deve. E os remédios que você toma lhe darão a ilusão de que está fazendo tudo que pode e você continuará piorando! O médico vai sugerir que você faça exercícios físicos – FUNDAMENTAIS para a recuperação da saúde – mas você não fará, pelo menos não com a regularidade e disciplina necessárias. O médico e a nutricionista irão recomendar que você adquira novos hábitos alimentares. Você pode até mudar uma coisinha aqui e outra ali, mas mudança significativa, não fará! Entre outras explicações porque não está convencido(a) de que vai adiantar grandes coisas… mas mudar hábitos de vida prejudiciais seria muito, repito, muito mais útil do que os remédios que você toma e do que a insulina. Na verdade, sua doença talvez (em alguns casos) nem teria evoluído tanto. O processo analítico, além de lhe propiciar o autoconhecimento, iria desarmar os gatilhos que levam à autossabotagem, às compulsões, à indolência e à falta de adesão plena ao tratamento. Tomar remédio é a parte fácil.

Como psicóloga junguiana, a minha visão de doença e de saúde considera o ser na sua integralidade, nas suas múltiplas dimensões, inclusive a que transcende ao físico-biológico. Assim, recuso a ideia de que o acompanhamento psicológico de um diabético se limite a “possibilitar ao paciente obter aceitação psíquica de sua condição de doente e realizar a elaboração do luto pelo corpo perfeito, contribuindo para motivar o paciente nos cuidados em relação à doença” (frase de uma psicóloga em um artigo científico). O processo psicoterapêutico analítico pode conduzir o paciente a resultados muitos maiores.

O indivíduo não precisa e não deve aceitar a sentença de doente perpétuo e entregar-se nas mãos do atual modelo de medicina, predominantemente medicamentoso e interventivo sobre os sintomas. Ao contrário: deve ser estimulado a eliminar as causas psíquicas e emocionais do seu adoecimento e se comprometer a restabelecer o equilíbrio organísmico afetado, algo que os medicamentos isoladamente jamais conseguirão – e nem prometem isso. O autoconhecimento e autorresponsabilização pela própria saúde, resultante do processo terapêutico analítico, podem conduzir não apenas à adesão ao tratamento medicamentoso, importante nas intervenções médicas inicias e até que seja possível a dispensa de fármacos, mas também à busca pela cura. Sim, diabéticos podem ficar curados! Eu já teria mudado de profissão se não acreditasse na possibilidade de cura para as pessoas e se não presenciasse esse resultado na minha prática clínica.

 

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O que é a doença?

Doença é a perda de um estado de funcionamento harmonioso; é a perturbação do equilíbrio (ausência de homeostase) organísmica. Ao se compreender isso, percebe-se posteriormente que a doença é caminho para o equilíbrio, para a saúde da alma. A doença ocorre inicialmente na alma, no seu nível profundo, no ego (centro da consciência). Só posteriormente o desequilíbrio manifesta-se no corpo como busca pelo reequilíbrio.

Em termos simbólicos, os sintomas são como uma sineta da alma alertando que algo está fora do funcionamento natural e necessário; são o comunicado sobre um desajuste e a reivindicação para se reparar o desequilíbrio. Para os espiritualistas, a doença é um canal de drenagem  de desequilíbrios causados por transgressões às Leis Universais, gravadas na dimensão profunda do Ser e que transcendem a vida corpórea, podendo estender-se por mais de uma encarnação, posto que o desequilíbrio fica instalado no Perispírito (corpo imortal do Ser). Essa visão também contempla o olhar metafísico e singular sobre a doença.

Ora, se a alteração do equilíbrio ocorre no nível da consciência, na dimensão subjetiva do sujeito, e o que se enxerga no corpo são apenas os sintomas, os sinais da alteração, por ser o corpo apenas o veículo de manifestação dos processos ocorridos na consciência, a cura da doença deve ser realizada também no ponto de origem da manifestação, na ferida da alma.

Numa analogia grosseira, o ataque cardíaco de um ente querido em meio a uma praça pública é o desequilíbrio na ordem visível do cotidiano; o médico que comunica à família o falecimento do paciente é equivalente ao sintoma, o mensageiro da má notícia. De que valeria agredir o comunicante do fato desagradável? Outro mensageiro, na sequência, teria que ser enviado para comunicar o ocorrido até que a notícia seja ouvida. Assim, querer resolver a doença atacando só o sintoma é uma incongruência primitiva.

Isso lhe parece novo ou metafísico demais? Metafísico sim; novo, não. Corresponde ao fundamento filosófico do funcionamento integral do Ser, algo se que perdeu nas veredas da superespecialização das práticas da medicina cientificista do mundo ocidental, mas que vem orientando há milênios as práticas da medicina oriental.

No processo de adoecimento e cura destaca-se a importância das emoções. Estas, estão sempre subjacentes ao modo de pensar e re(agir) do sujeito. Emoções como culpa, raiva e tristeza, entre outras, desencadeiam respostas sentimentais de repercussão às vezes muito impactantes sobre a homeostase orgânica do indivíduo, podendo desencadear desequilíbrios que, somados a outros eventos de ordem e origem similar, podem levar ao adoecimento de uma pessoa. Do mesmo modo, emoções como alegria, esperança, felicidade e êxtase podem desencadear sentimentos e comportamentos capazes de corrigir desequilíbrios, de promoverem a cura. Isso porque os sentimentos são reações ou associações realizadas a partir das emoções; são a expressão subjetiva do estado emocional, tal qual o grito é a reação à topada. Os sentimentos seguem as emoções como o discípulo ao seu mestre. Ou seja: o essencial é a emoção!

Tome-se por exemplo um indivíduo que reiteradamente acolha no âmago de sua alma o sentimento de autopiedade ou autovitimização frente a situações adversas, as quais poderiam também  serem vistas, por outro ângulo, como desafiadoras ou motivadoras para conquistas desejadas. Essa pessoa, por um equívoco cognitivo-emocional, gradualmente irá desequilibrar  seu funcionamento orgânico, inclusive porque esses sentimentos irão desencadear outras emoções nocivas, como medo, tristeza, raiva, amargura, desprezo pelo outro ou por si mesmo, entre tantas possibilidades de encadeamento afetivo-emocional-comportamental. Com o tempo, essa visão distorcida da realidade e as subsequentes respostas emocionais poderão levar ao desenvolvimento de um câncer,  diabetes ou outra doença crônica.

Os sentimentos, desencadeados pelas emoções, são influenciados por experiências pessoais, memórias e crenças. Então, diferentes indivíduos irão vivenciar eventos iguais de forma diversa, embora as emoções subjacentes sejam as mesmas. Atribui-se a Jean Paul Sartre a seguinte reflexão, bem pertinente aqui: “Não importa o que fizeram a você, mas o que você faz com aquilo que lhe fizeram”.

Assim, cada doença é individual, própria de cada sujeito. O processo de cura, de reparação do desequilíbrio, portanto, deve ser também singular. De forma generalizada só se pode reparar o que há de comum na manifestação sintomática, o que é muito pouco.

Depressão endógena, por exemplo, pode ser sintoma de um desequilíbrio profundo na alma.  Quase sempre a pessoa deprimida tem uma demanda, consciente ou inconsciente, não atendida, ou um aspecto de si mesma não-reconhecido ou, ainda, pode estar negligenciando uma demanda pessoal muito importante. O estado depressivo é, então, o caminho que a alma encontra para se queixar, para alertar que algo não está sendo percebido, atendido ou vivido pelo indivíduo.

A depressão é vista pela medicina convencional tão somente como doença mental, um sinal de baixa produção de serotonina, noradrenalina ou outros neurotransmisores importantes ao bom humor, considerando apenas a dimensão bioquímica do indivíduo, ou uma desadaptação dele ao meio. Ao prescreverem medicação, sabem os bons médicos que o remédio irá eliminar apenas as respostas sintomáticas, seja pela produção forçada de neutrotransmissores envolvidos no estado de bem-estar e ânimo, seja pela desconexão do sujeito consigo mesmo, uma quase alienação forçada por agentes químicos.

No entanto, mesmo eliminando essas reações (a ponta do iceberg), a pessoa continuará deprimida, ainda que não existam mais os sintomas. A causa do adoecimento da alma deprimida não pode ser tratada com medicação porque a substância química apenas atinge a manifestação visível do desequilíbrio profundo, apenas atinge o corpo físico ou o corpo biológico. A ferida da alma só o próprio sujeito pode alcançar; e tratar.

Para a reparação do desequilíbrio, parcial ou plena, entra a necessidade inegável de o sujeito buscar o autoconhecimento. E a elaboração ou eliminação individual de tudo que estiver funcionando como causa de desequilíbrio no funcionamento organísmico biopsicoemocional. Será necessário limpar a casa, retirar todo lixo e redecorar o ambiente interno. Ingerir antidepressivos é recorrer a estratégia de esquiva, de adiamento de um trabalho que necessariamente terá que ser feito, cedo ou tarde. Admite-se a necessidade de antidepressivos numa crise forte; mas como paliativo ou forma de o sujeito sair da crise. Não se pode alimentar o equívoco de aceitar a prescrição de antidepressivos por muito tempo ou indefinidamente. Sem o processo de autoconhecimento, a depressão jamais irá desistir. Porque a alma continuará reclamando o que for essencial para a Vida do indivíduo.

O “lixo” a ser eliminado pode ser acúmulo de sentimentos equivocados provenientes de culpa não percebida ou não elaborada; ou um aspecto negado da Sombra, como por exemplo, a incapacidade de perdoar um agravo, que fica sendo ressentido, indo e voltando, demandando elevado gasto de energia; como também uma consistente frustração relativa a algo de elevada significância para o sujeito, mas que ele não foi capaz de concretizar, só para citar alguns exemplos de conteúdos inconscientes envolvidos no adoecimento.

De nada adiantará manter recalcado, negado o que existe de fato nem tampouco resolverá o problema maquiar estados psicoemocionais, pintar o viaduto com cal branca para esconder as fissuras da estrutura, que pode desabar a qualquer momento. As doenças crônicas são, na maioria dos casos, resultantes de sucessivas intervenções médicas superficiais ou da decisão equivocada dos pacientes de limitarem-se a tomar remédios, mesmo quando um bom profissional da medicina o aconselha a fazer psicoterapia, dieta e mudar rotinas de vida. O processo de mudança é decisão que compete somente ao indivíduo tomar e disciplinar-se na realização dela.

Com vistas ao enfrentamento da difícil escolha pelo caminho aparentemente mais árduo cumpre uma reflexão: quem lucra com as práticas médicas voltadas para o manejo dos sintomas e não buscando-se a cura das doenças e sim a manutenção delas? Quem ganha com a existência de doenças crônicas, muitas vezes agravadas por efeitos colaterais de remédios fortes, mas que mantêm “vivo” o sujeito doente consumindo remédios? A quem interessa reforçar a indolência frente aos desafios do autoconhecimento, não raro com o recurso de medicações que prometem eliminar o sofrer, como se não fosse o sofrimento algo inerente à existência humana? Quem se beneficia da alienação do sujeito em relação aos seu Si-Mesmo e aos verdadeiros propósitos da Vida? A resposta não é segredo.

Referências

DOSSEY, L. (2004). A Cura Além do Corpo. Cultrix: São Paulo.

CALDEIRA, G. e MARTINS, J.D. (2001). Psicossomática – Teoria e Prática, 2ª ed. Medsi: Rio de Janeiro.

FILHO, Julio de Melo e Col. (1992). Psicosssomática Hoje. Artned: Porto Alegre.

DAHLKE, R. (1992). A Doença como Linguagem da Alma. Cultrix: S]ao Paulo.

 

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Diabetes e os lucros da indústria farmacêutica

Vamos falar de diabetes; sob a ótica da medicina e, claro, da Psicologia. Ao contrário do que se propagou no senso comum e até nos discursos de muitos médicos e outros profissionais de saúde, o diabetes NÃO é causado pela ingestão excessiva de açúcar nem de carboidratos. A causa do diabetes é uma dieta que aumenta a quantidade de gordura no sangue, isto é, uma dieta a base de carnes e outros produtos de origem animal, como queijos, leites e ovos, afirma o doutor em Medicina Neal Barnard, médico americano especialista em dieta e diabetes. Ele explica que as células do músculo humano acumulam finas partículas de gordura, causando  intolerância à insulina,  impedindo que o açúcar entre nas células e forçando-o a ficar  acumulado no sangue. Como a produção da insulina, reguladora do processo, está em baixa ou sem ser produzida, o organismo fica sobrecarregado de glicose. Mas vamos por partes:

Bem resumidamente, diabetes é o excesso de glicose no sangue, que ocorre quando há redução ou deficiência na produção do hormônio insulina pelo pâncreas.  O mau funcionamento do pâncreas é considerado uma reação inflamatória (pancreatite), mas nem todo diabetes surge a partir de uma pancreatite;  pode aparecer também como reação autoimune.

As causas do mau funcionamento do pâncreas podem ser hereditárias, decorrentes de doenças metabólicas ou reações autoimunes, isto é, o sistema imunológico fica desorientado e passa a atacar os órgãos que deveria proteger. No diabetes, o sistema imunológico ataca as células betas, produtoras de insulina. Essa reação autoimune ocorre também no lúpus, na esclerose múltipla e em cerca de outras cem doenças.

Claro que até aqui citei apenas os aspectos biológicos/fisiológicos, sem mencionar a psicodinâmica do organismo, as causas de fundo psicoemocional, o que vou abordar em outro texto, no post seguinte a este.

O aspecto principal que desejo destacar aqui é o equívoco em se considerar o açúcar e os carboidratos (que se transformam em açúcar ao serem processado pelo organismo) como os maiores vilões para os diabéticos, que abstêm-se dessas substâncias, mas seguem consumindo gorduras!

E mais: quase nenhum paciente de diabetes é orientado a buscar a cura do diabetes, mudando radicalmente a dieta alimentar, adotando a prática de exercícios e fazendo psicoterapia. Sim, o diabetes também tem suas bases nos pensamentos e nas emoções distorcidos. Esses aspectos são, quando muito, colocados como secundários, como parte do processo de aceitação da cronicidade da doença, com a qual elas terão que conviver até a morte, propagam. O foco dos tratamento passa a ser a ingestão de insulina e outros remédios. Isso porque os médicos e todo o sistema de saúde do mundo ocidental atuam na indústria de tratar pessoas doentes,  não de curá-las. A indústria farmacêutica, que atua por trás de todos os sistemas da medicina tradicional do Ocidente, não é um negócio de evitar que as pessoas fiquem doentes nem de curar doenças. É um negócio, como todos os outros negócios, voltado para lucro. Portanto, o que rende é atacar os sintomas apenas (nunca as causas), com o uso de medicamentos, os quais vão gerar efeitos colaterais que exigirão outros remédios e assim por diante, até que um só indivíduo chegue a tomar, às vezes, mais de 20 remédios por dia para doenças crônicas e continue tendo nenhuma qualidade de vida… mas dando muito lucro, enriquecendo indefinidamente indústrias do setor de laboratórios e fabricação de medicamentos.

A Organização Mundial de Saúde (OMS) divulgou em 2016 que no Brasil havia 16 milhões de pessoas com diabetes. Em todo o mundo existem 315 milhões de diabéticos, segundo a Associação Americana de Diabetes. Um negócio muito rentável, portanto, esse de ajudar as pessoas a continuarem doentes.

Contaminados pela lógica mercantilista, os profissionais da Medicina que atendem diabéticos vão convencer os diabéticos de que eles precisarão tomar remédios e insulina pelo resto da vida. E isso NÃO É VERDADE! Não em todos os casos. Não se o paciente assumir o comando de sua saúde, questionar esse ciclo vicioso imposto pela indústria farmacêutica e seus asseclas e investir em mudanças, no estilo de vida, na dieta e nos paradigmas que lhes orientam a existência.

O manejo medicamentoso focado na intervenção dos sintomas e nos lucros é o mesmo para outras doenças crônicas, como hipertensão arterial, cardiopatias e complicações do funcionamento psicoemocional.

Proponho uma reflexão aos diabéticos: você tem feito sua parte, tomado os remédios, a insulina, rigorosamente conforme a prescrição médica, controlado relativamente sua ingestão de alimentos, evitado açucares e carboidratos. Apesar disso seu diabetes não melhora, seu pâncreas só piora, a cada vez surgem novas complicações… e você está sendo regiamente medicado e atendendo às orientações médicas! Por que, mesmo assim, não há melhora do quadro? Seu médico já lhe disse, sem meias palavras, que o seu tratamento é apenas sobre os sintomas e não sobre as causas?  Já lhe encaminhou para psicoterapia ou qualquer outra prática voltada para as demandas da alma?

Veja: se até o cérebro humano “se regenera”, realiza novas sinapses a partir de correta estimulação e consegue reassumir funções prejudicadas por sérias lesões, por que o pâncreas não conseguiria ser reativado, ao serem retiradas as causas inflamatórias e/ou causadoras do mau funcionamento? Será mesmo verdade que você deve aceitar a afirmação de que nunca mais seu pâncreas voltará a funcionar?

Não é o que estão afirmando especialistas em dietas para diabéticos. Que tal conhecer melhor esse novo paradigma? Que tal colocar em suspeição essa suposta verdade de que o diabetes não tem cura?

Para começar a entender melhor a perversidade desse modelo de tratar doenças e não pessoas, sugiro o documentário WHAT THE HEALTH, dos americanos Kip Andersen e Keegan Kuhn, disponível na Netflix. É uma produção independente, divulgada no ano passado, que tem gerado muita polêmica e fortes ataques, mas nenhuma crítica negativa consistente. Alegam seus opositores ser uma defesa do veganismo, mas isso é um olhar limitado do vasto cabedal de informações reunidas no trabalho.

Se depois de assistir ao documentário você ficar interessado(a) em ampliar a sua compreensão sobre o assunto, faça sua própria busca em artigos acadêmicos, alguns sugeridos no filme, pesquise, leia ou converse com médicos que sigam outro modelo de Medicina; você não vai encontrar muitos, se encontrar algum.

Esse movimento contestatório, reflexivo poderá ser o seu start no esforço de assumir a defesa da sua saúde e da sua vida. Mas saiba: há mais a fazer do que simplesmente mudar a dieta. Porque posso limpar o pus de uma ferida na minha mão, mas se eu não tratar a infecção, as bactérias da ferida continuarão a produzir pus e voltarão a sujar minha mão. Preciso eliminar o que produz o pus, preciso tratar a ferida. É preciso tratar da alma, isto é atacar a causas psicoemocionais subjacentes ao mau funcionamento do pâncreas. Sobre isso tratarei no próximo texto, mas já adianto: diabetes é doença de pessoas desencantadas com a vida, pessimistas, amarguradas, que se calam quando desejam expressar-se, que preferem a estratégia da evitação, fechar-se para a Vida e para as experiências do que enfrentar as adversidades e procurar dar a elas o real sentido. O que lhe faz enxergar a vida por essa lente cinzenta? Quem é você que se amargura em vez de reagir e se posicionar assertivamente? Que emoções norteiam seus paradigmas? Conheça a si mesmo(a) e conseguirá curar sua alma, suas feridas, seu diabetes.

Caminho

Nossas escolhas levam aos nossos caminhos, novos ou velhos, pedregosos ou suaves… mas sempre evolutivos.