.Página Principal

Viciados em drogas poderão fazer suicídio assistido no Canadá

O Canadá deve legalizar a eutanásia assistida (com um médico administrando medicamento letal por injeção) para pessoas viciadas em drogas, a partir de março de 2024.  Mesmo indivíduos sem doenças físicas poderão se candidatar a morrer com ajuda do Estado. Atualmente, a lei sobre o suicídio assistido não inclui pessoas com sofrimento psíquico, mas querem ampliar o suposto “direito” das pessoas de optarem por morrerem em vez de enfrentarem o sofrimento (WAU!!).

Ativistas críticos da medida estão associando essa permissão para matar à eugenia, que é a seleção de pessoas com base em características hereditárias para melhorar gerações futuras.

(WAU!!, de novo).

A medida ainda vai ser examinada por uma comissão parlamentar especial nos próximos meses e os partidos políticos do Canadá têm representantes com opiniões divergentes.

Uma notícia do Mail Online (aplicativo de notícias da Google), na página de Saúde, apresenta dados muito assustadores do aumento de mortes no Canadá desde que a lei de suicídio assistido foi adotada. Só em 2021, mais de 10 mil canadenses foram “sacrificados”. Comparando com 2016, quando a prática foi iniciada, o crescimento é de dez vez! Alguns casos envolveram pessoas em situação de pobreza que queriam morrer.  

Uma lei dessas desconsidera qualquer discussão filosófica mais profunda sobre o sentido do sofrimento ou da própria vida humana, inclusive sem viés religioso, mas enfocando-se na ética e nos direitos humanos. Uma pergunta básica é: as pessoas precisam de assistência para morrerem ou para viverem? O Estado deve oferecer assistência para as pessoas desistirem de viver ou o contrário, disponibilizar recursos variados para ajudarem as pessoas a viverem com qualidade? Uma lei dessas é defesa de direitos? Ou parte de uma agenda destrutiva, ideológica que desprestigia o sentido maior da vida humana? São muitos aspectos a serem considerados.

Sugiro a leitura na íntegra da notícia, no link

Canada to legalize euthanasia for DRUG ADDICTS with no other illness in Ma

Mais material para reflexão: o uso de drogas no Canadá é legalizado desde 2018. Desde que essa permissão para as pessoas se destruírem foi adotada, as ruas de Toronto, Vancouver e outras do Canadá estão a cada dia mais cheia de dependentes de drogas, moradores de ruas que perderam toda dignidade a partir do vício em drogas. Então vejamos: primeiro o Estado autoriza as pessoas a se drogarem, a se destruírem, e depois – quando eas começam a incomodar a ordem social – encontram uma forma de matá-las? Tudo dentro da lei. Não parece um projeto diabólico de atacar a Vida? Busque as digitais políticas desse cenário…

.Página Principal

Som da Liberdade: melhor filme dos últimos tempos

O Filme SOM DA LIBERDADE, em cartaz nos cinemas no momento, é daquelas raras produções que deveriam ser uma unanimidade no reconhecimento da perfeição, relevância do tema e excelência técnica na produção. Tudo é perfeito: emociona na medida certa, prende a atenção o tempo todo e causa indignação a quantos tenha empatia verdadeira e responsabilidade social. Saber que a produção foi criticada por figuras descoladas da realidade e de visão obtusa quanto às manipulações sutis de veículos de comunicação e/ou agentes culturais, leva ao desejo de comemorar a liberdade de pensar e de se expressar. Ainda somos, na grande maioria, livres (de alma e no pensamento) e sabemos escolher o que vale a pena ver e o que deve ser descartado antes mesmo de se gastar dinheiro com ingresso. Nada está errado no conjunto da obra; tudo nela é abordado em perfeita sintonia com a realidade factível e deveria pautar discussões sérias em torno do tema, do papel do Estado no combate a esse tipo de crime contra as crianças e da necessidade de os poderes legislativos de todas as nações estabelecerem penas mais duras contra exploradores de crianças, tanto os pedófilos quantos os que ganham dinheiro se aproveitando desses doentes. Sim, o pedófilo é um doente, mas é também um criminoso, que destrói o desenvolvimento saudável das crianças. Acolher a dimensão doentia do pedófilo não deve ser jamais justificativa para negligenciar os direitos das vítimas. Doenças devem ser tratadas e não estimuladas com impunidade. Pedofilia não é apenas questão de saúde; é também de justiça e polícia. Seria apenas de saúde se o pedófilo não agredisse indivíduos indefesos e vulneráveis. Voltando ao filme, veja você próprio(a) e avalie se uma produção daquelas merecia ser excluída dos cinemas. Digo mais: vou desconfiar de qualquer um que afirme não ter gostado do filme, inclusive críticos que arrotam cultura, mas comem da podre comida dos escravizadores intelectuais.

SOM DA LIBERDADE – FICHA TÉCNICA

Direção: Alejandro Monteverde

Elenco: Jim Caviezel, Mira
Sorvino, Bill Camp.

Duração: 131 min

País: Estados Unidos

 

.Página Principal

Legalizemos a maconha se quisermos repetir erro de outros países

Aos mal-informados, viciados e/ou progressistas obtusos (digo, regressistas) que defendem a legalização da maconha no Brasil, um pais que já impõe duro sofrimento aos usuários da saúde pública sucateada, uma má notícia. A legalização da maconha está se revelando um grande erro. Abaixo, mais um exemplo disso (post anterior abordou situação no Canadá).

Por que a legalização da maconha é um fracasso na Califórnia

.Página Principal

Descriminalizar as drogas interessa a quem?

“Os ativistas estão errados: a descriminalização não resolverá a crise das drogas em Toronto”. Esse é o título de uma matéria muito explicativa do site TNC News 
A leitura é bem pertinente, neste momento em que os digníssimos ministros do STF, reincidentes em deliberar sobre assuntos dos quais não têm conhecimento algum e tampouco pertencem à alçada deles, começaram a julgar a descriminalização do porte de drogas. Esses bem remunerados servidores públicos deveriam pelo menos ler mais, pesquisar mais (ou determinar que seus assessores apresentassem resenhas de pesquisas) e aprender com a experiência de outros países. No Canadá como aqui, a disseminação das drogas é um problema social de larga abrangência – para muito além das meras preferências ideológicas. Em comum, a situação no Canadá e no Brasil há o fato de que o apoio à descriminalização das drogas é bandeira de esquerdistas – sabe Deus com quais intencionalidades veladas.
A matéria afirma que em Toronto, desde a pandemia, que provocou a ruina financeira, emocional e familiar de muitas pessoas,  os moradores de rua amentaram vertiginosamente, assim como as mortes por overdose de drogas e os índices de  criminalidade.  “As políticas de drogas imprudentes promovidas pelos esquerdistas no conselho municipal e na saúde pública de Toronto criaram ‘locais de injeção seguros’ em todo o centro da cidade e pontos de permissão para drogas em abrigos para sem-teto. No entanto, isso aparentemente não é suficiente. Em vez de reconhecerem que as suas políticas em matéria de drogas têm sido um fracasso colossal, os facilitadores esquerdistas da cidade e os ativistas da indústria farmacêutica decidiram dobrar a aposta com um pedido aos federais para descriminalizarem as drogas pesadas, mesmo para jovens de 12 a 17 anos”, denuncia a jornalista Sue-Ann Levy, do True North. Em Toronto, o consenso dos que vivem nas proximidades dos locais seguros para injeção tem sido de que a ilegalidade, as agulhas sujas, a prostituição (para obter dinheiro de drogas) e a presença de traficantes de droga aumentaram exponencialmente depois da abertura desses locais. Agulhas sujas foram deixadas nos recreios das escolas, perto dos locais seguros para injeção, e alega-se que utilizadores drogados, que não têm limites quando estão sob influência, assediam crianças pequenas quando tentam ir para a escola”, continua a afirmar a jornalista. Aqui no Brasil atendo via online duas brasileiras que vivem no Canadá e essas informações são as mesmas relatadas por elas, que moram em cidades diferentes, mas transitam por Toronto e Vancouver. É fácil deduzir que apoiar a legalização das drogas é defender a destruição das pessoas, da ordem social, da dignidade humana e dos direitos das crianças de crescerem em ambientes saudáveis – principalmente num país como o Brasil, onde os serviços de saúde estão muito precarizados, de modo particular os de saúde mental. É também defender os interesses dos narcotraficantes. Antes de concluírem seus votos, cada um dos ministros do nosso STF deveria visitar (de surpresa, claro, para evitar maquiagens) uma unidade CAPS AD e, se quiserem mesmo se aprofundar no assunto – um CAPS infanto-juvenil, para verem no plano concreto os estragos que as drogas fazem na vida dos nossos adolescentes fragilizados por diferentes circunstâncias e adultos viciados que perambulam tal qual zumbis a buscarem um toco de maconha, uma pedra de craque ou outra porcaria dessas. Direito do indivíduo de se drogas? Doentes mentais, crianças em desenvolvimento da personalidade têm alguma condição de deliberar sobre o que lhes faz bem ou mal? Não seria de se estranhar que viéssemos a descobrir que tais políticas desejam, na verdade, é promover a redução da população, ajudando os drogados a se matarem de overdose, homicídio, desnutrição e/ou  doenças desencadeadas por más condições de higiene e nutrição. Nenhuma pessoa deveria receber apoio do Estado para usar drogas, incentivo para aniquilar suas chances de viver dignamente e de evoluir espiritualmente. O cinismo e a maldade velada estão por trás de falácias que justificam a defesa da legalização das drogas. A matéria completa pode ser lida nos links destacados acima. Aqui no Brasil, além de a legalização das drogas ser assunto da esfera do Legislativo, o nosso STF mais uma vez se supera ao demonstrar inclinação para mais uma estapafúrdia decisão em favor dos narcotraficantes. Que “forças ocultas” os guiam, meu Deus?
.Página Principal

Diretrizes sobre autismo

Um rico material informativo sobre autismo produzido pelo Ministério da Saúde em 2014: Diretrizes de Atenção à Reabilitação da Pessoa com Transtornos do Espectro do Autismo (TEA).

Em breve a sociedade brasileira conhecerá estatísticas de incidência do autismo entre nós. É que uma lei de 2019 determinou ao IBGE que inclua o tema nas suas coletas de dados do senso populacional. No levantamento de 2022 duas perguntas já foram usadas, mas os resultados dessa grande pesquisa ainda não chegaram à divulgação. Profissionais da assistência em saúde percebem o crescimento e muitos gestores já adotaram medidas concretas para oferecer atendimento especializado a esse público específico. Há centros de referência em algumas cidades brasileiras, como Uberlândia (MG), São Gonçalo (RJ), Caxias do Sul (RS) e Salvador (BA). No Distrito Federal, a Secretaria de Saúde, juntamente com setores da sociedade, começam a se mobilizar para melhorar a assistência aos autistas. Em breve deve ser firmada uma parceria com uma OSCIP local de muita credibilidade para dar-se início à criação de um novo serviço, voltado também para outros transtornos do neurodesenvolvimento.

.Página Principal

DF perde até para município no cuidado com a saúde mental

Um exemplo do que justifica o título acima é Uberlândia, que tem pouco mais de 700 mil habitantes, de acordo com senso do IBGE de 2021, e um PIB próximo a 37 bilhões de reais ( é o 27º maior do Brasil). Em 2022, o município conseguiu a segunda melhor nota do País no Ranking de Competitividade dos Municípios no critério Acesso à Saúde. Apesar de ser uma cidade pequena, em abril do ano passado a população de Uberlândia ganhou um centro de referência para assistência de pessoas com autismo. Uma preciosidade de dar inveja a qualquer profissional comprometido com a defesa da saúde mental.

Antes de prosseguir, vamos a um pequeno comparativo financeiro com o DF, onde a saúde mental agoniza: o PIB aqui passa de 260 bilhões de reais (8ª posição no ranking nacional). A população do DF é quatro vezes maior do que a de Uberlândia, mas o PIB daqui é sete vezes maior do que a desse município mineiro! Portanto, não dá para aceitar que seja por falta de dinheiro que os serviços de saúde por aqui estejam tão negligenciados, de modo particular a saúde mental e os serviços da Atenção Primária.

As demandas pediátricas da população, por exemplo, estão sendo violentamente ignoradas. Crianças estão desenvolvendo quadros de ansiedade e desequilíbrio psicoemocional a ponto de muitos fazerem tentativas de suicídio (atendi na semana passada um caso de um garoto de 10 anos de idade com quadro grave de ansiedade generalizada, depressão e tentativa de suicídio). Não se pode ignorar que queixas simples de uma criança, como um transtorno alimentar leve ou alteração no sono por falta de determinados nutrientes possam se agravar e afetar a saúde mental delas. Mais ainda se as mães também perderem o equilíbrio psicoemocional (e por consequência adoecerem as crianças) ao não conseguirem assistência médica adequada para os filhos. Os processos vitais dos seres humanos estão sempre interligados e nunca são isolados!

Os “gestores” da Secretaria de Saúde vivem defendendo que saúde mental deve ser olhada pelo ângulo do psicossocial, mas isso não se reverte em ação pragmática, ao contrário; não passa de narrativa vazia e falácia para oferecer atendimento meia-boca para a população. Muitos sequer entendem o conceito de psicossocial.

Outro fato importante: a incidência de autismo no mundo e no Brasil aumentou de forma assustadora e o DF não é exceção. Em 2011, quando comecei a atender na Secretaria de Saúde do GDF, lotada no Centro de Orientação Médico Psicopedagógico (COMPP) apareciam poucos autistas; nos anos seguintes, idem. Atualmente, ironizamos a situação dizendo que em breve o quadro vai se inverter: não autistas serão a minoria. E não estou exagerando. Os quadros variam de leve a muito grave.

O que aflige muito os profissionais sérios e os familiares de indivíduos dentro do espectro autista é saber que existe um contingente de crianças que ficam no limbo, isto é, sem atendimento por não se enquadrarem nos critérios de inclusão em serviço CAPSi nem nos do COMPP. A janela de tempo para as necessárias e profícuas intervenções precoces se perde e os casos se agravam, deixando de ser casos de fácil intervenção para tornarem-se casos moderados ou graves e passarem a exigir intervenção medicamentosa. Aliás, esse é outro aspecto crítico: o GDF gasta elevadas somas com remédios por não investir em prevenção, redução de agravamento nem em qualidade de equipes especializadas. Investindo em treinamento e contratação de mão-de-obra qualificada, o governo local reduziria em muito (ou evitaria) a necessidade de uso de medicação. Os laboratórios agradecem. A população em geral paga caro.

Finalizando, voltemos ao caso de Uberlândia: o centro de referência para assistência de pessoas com autismo já funciona há um ano e oferece atendimentos em psicologia, clínica geral, fonoaudiologia, fisioterapia, pedagogia e neuropsicologia, além de treino de Atividades de Vida Diária (AVD). Para saber mais sobre essa incrível iniciativa, uma verdadeira demonstração de respeito com a população e bom uso do dinheiro público, clique no link CENTRO DE REFERÊNCIA EM AUTISMO DE UBERLÂNDIA

.Página Principal

Síndrome de Williams: muito a aprender sobre essa desordem na saúde

Tenho pesquisado sobre Síndrome de Willians, após recebermos um paciente com essa desordem. Ele tem 11 anos; vou chamá-lo de Bruno (nome fictício, claro); ele nos deixa muito atordoados sempre que dá um tapa forte na própria cabeça quando percebe que não consegue fazer algo; fica frustrado e aparenta sentir raiva de si mesmo; os tapas fazem barulho forte e o machucam – a ponto de causar falhas no couro cabeludo no local onde ele se bate (que a mãe diz já estar melhorando após a intervenção medicamentosa). Terapeuticamente ainda estamos tateando e isso causa uma enorme sensação de impotência (e talvez de incompetência taambém, por que não admitir?!) Bruno gosta de música, como é típico na SW, e fico frustrada por não conhecer nada além das notas musicais. Eu e outras pessoas integrantes da equipe que o atendemos estamos a pesquisar sobre o tema e planejando algumas estratégias. Nunca desejei tanto ter boa voz e saber tocar algum instrumento musical!!!

Muitas das crianças que se batem, com SW ou outra desordem, desenvolvem otite, dadas as repetidas e fortes batidas contra o ouvido. Evitar isso no caso do Bruno tem sido nossa preocupação mais urgente, encontrando-se forma de ajudá-lo a talvez trocar essa reação por algo menos lesivo. Às vezes, quando fica mais alterado, ele bate a cabeça no chão com força. O barulho sempre me causa um sobressalto na alma e me causa angústia. Nesses momentos, lamentamos não ter um ambiente adequado para atendê-lo, como um piso protegido (a estrutura física dos CAPS no DF é muito precária).

Parte do que já aprendemos sobre essa síndrome está bem resumido no vídeo cujo link aparece abaixo. Sinto-me uma iniciante na profissão, ao me deparar com caso tão desafiador e novo.

SÍNDROME DE WILLIANS

Estamos abertos a sugestões de intervenção, caso alguém mais experiente com essa queixa veja este post, e agradecemos desde já. Bruno precisa que acertemos nas intervenções; e merece isso.

.Página Principal

Serviços de saúde mental no DF só pioram

Como anda a saúde mental no DF? Mal, muito mal. Desde 2018, a Secretaria de Saúde do GDF (SES) parece empenhada em destruir as poucas unidades dessa área existentes no Distrito Federal. Nos últimos cinco anos, o Instituto de Saúde Mental (ISM), o Centro de Orientação Médico Psicopedagógico (Compp) e os poucos CAPS existentes por aqui só pioram – de estrutura física e nos processos de trabalho. Há CAPS sem psiquiatras e quase sem psicólogos. Mas isso não parece importar para os gestores da SES. Há quem acredite ser proposital, visando facilitar a privatização da saúde. Isso já não faz muito sentido, principalmente considerando os péssimos resultados do Instituto de Saúde Estratégica do Distrito Federal (IGESDF), incluindo os processos de irregularidades que correm na Justiça. Esse famigerado IGESDF tem dado trabalho ao Ministério Público do DF e Territórios (MPDFT), por meio das Promotorias de Justiça de Defesa da Saúde (Prosus) e dos Direitos Difusos (Proreg). Às vezes parece que eles estão empenhados em reinventar a roda ou provar que uma roda quadrada é melhor que a redonda.

Ultimamente tenho pensado tratar-se de uma estratégia de médio prazo para facilitar a desregulamentação das profissões de saúde (explicarei melhor essa proposição em outro momento). E o que levanta essa suspeita é a insistência em querer fazer saúde mental sem profissionais qualificados, sem contratar psicólogos nem psiquiatras e nem mesmo assistentes sociais; sem treinamento adequado para os servidores… A falácia apresentada como desculpa é sempre que o ideal é fazer saúde mental no modelo psicossocial. Ocorre que o pssicossocial não é sinônimo de falta de qualificação nem o mesmo que defender que qualquer um pode ser terapeuta em saúde mental.

Atualmente, por absurdo que seja, o COMPP tem mais enfermeiros que psicólogos. E se fossem enfermeiros devidamente treinados em saúde mental infanto-juvenil, seria mais aceitável. Mas não! O aprendizado deles é feito “na marra”, usando os usuários, pacientes em sério sofrimento psíquico, de cobaias. Nas manhãs de terça-feira, por determinação da própria SES, por meio da Diretoria de Saúde Mental (Dissam) os profissionais são impedidos que atender o público. Devem ficar cinco horas discutindo processos de trabalhos, casos clínicos e resolvendo demandas que não existiriam se toda a equipe fosse adequadamente qualificada para fazer saúde mental e os gestores soubessem o que fazer nas suas atribuições. Um desperdício de tempo e dinheiro público. E uma grande injustiça com o público pagador de impostos e os necessitados de atendimento qualificado.

Mas a SES está muito, muito preocupada em melhorar a saúde mental! Não sejamos injustos (ironia)! E o que tem feito? Não tem destinado recursos para aumentar o pessoal técnico necessário; não tem dado treinamento para preparar melhor os que hoje atuam nesses serviços… Porém, recorrentemente realiza seminários, convenções, grupos de discussões e ainda convocam os usuários para participarem. É algo como dizer às famílias: “esqueça a doença do seu filho, esqueça seu cansaço e seu adoecimento e venha discutir conosco formas de melhorar os atendimentos, venha ser gestor/gestora”! Mas pra que é mesmo que a população paga salários para gestores da SES? Isso não é da competência dos agentes públicos? Ah, entendi, é a tal da “gestão compartilhada”! “Coletivizar as decisões”! Porque daí se não está funcionando a culpa é também dos usuários! “Responsabilidade compartilhada”. Alguém aí já entendeu de qual fonte jorra esse besteirol? Não preciso dizer.

Faz cinco anos, no mínimo, que eles insistem em percorrer o mesmo caminho e a qualidade da saúde mental só piora. Amanhã, sexta 31de março de 2023, haverá mais um desses encontros “magníficos” para defesa da saúde mental. Oh! Que maravilha! Certamente muita coisa vai melhorar depois do evento… mas peraí… houve evento semelhante em 2021, em 2022 e nada mudou! Por que será?! Respondo: porque não vai funcionar buscar soluções mágicas! No mundo todo, saúde mental é feita com profissionais qualificados e em quantidade o máximo possível do ideal. Não se precisa reinventar a roda. E não, a roda quadrada (fazer saúde mental sem o protagonismo de psicólogos e psiquiatras e sem equipe multiprofissional adequada complementando, mas não substituindo) nunca vai ser o melhor caminho.

Finalizando, se são decorridos mais de cinco anos insistindo-se em seguir pelo mesmo caminho (perseguir o modelo ambulatorial e defender um pseudopsicossocial cambaleante) e não se chegou a bons resultados, não seria inteligente deduzir que o caminho está errado? E, em vez de gastar tantos recursos em improdutivas discussões e debates não seria o caso de ir-se atrás de modelos que estão dando certo em outros estados e até fora do Brasil? Como tem sido feita saúde mental fora do DF? A resposta a essa pergunta não pode ajudar mais do que intermináveis blá-blá-blás? Aliás, a saúde privada continuando sendo feita à moda antiga. E é a ela que os tais gestores recorrem quando algum de seus entes familiares queridos precisa de atendimento em saúde mental. Nenhum deles aceita que seu filho/sua filha em depressão ou em crise de ansiedade seja atendido(a) apenas por uma enfermeira, junto com uma fono e/ou uma terapeuta ocupacional, sem participação de uma psicóloga e/ou uma psiquiatra. Por que para a população pagadora dos serviços públicos a mesma qualidade não deve ser oferecida? Passando da hora de essa gente parar de defender a roda quadrada e trabalhar a sério e com os pés no chão. Afinal, aqui não é o mundo fantástico de Nárnia. E o aumento do adoecimento mental acompanha o aumento populacional – ou o supera. Fingir que não veem isso, caros gestores, vai trazer resultados trágicos para todos.

.Página Principal

Sobre psicoterapia online – pesquisa acadêmica e análise da prática clínica

Uma referência à minha pesquisa e acréscimos sobre a experiência de outra psicóloga ao tipo de psicoterapia viabilizado pela expansão da internet. Muitas pessoas estão se beneficiando e a prática vai levar ao aperfeiçoamento. A chegada da pandemia de Covid acelerou a experimentação da modalidade e ajudou muitas pessoas. Fora de um contexto grave de crise na saúde pública, como o é uma pandemia, possivelmente a psicoterapia online no Brasil ainda estivesse engatinhando. Essa aceleração, não significa, no entanto, que se possa negligenciar cuidados com segurança, confidencialidade e qualidade dos atendimentos. Escrevi um livro detalhando aspectos sobre segurança nos atendimentos online e explicando outros aspectos desse tipo de atendimento psicológico. Disponível no link que segue: https://www.amazon.com.br/Psicoterapia-presencial-online-diferentes-encontram/dp/658806831X .

.Página Principal

Relato de um refugiado

Podemos aprender muito com a experiência dos outros e evitar sofrimentos. O intento das linhas abaixo é esclarecer sobre uma realidade que nenhuma pessoa boa e responsável deseja para nossa gente; informações de um paciente venezuelano que migrou para o Brasil há três anos.

As experiências que motivaram este texto foram contatas no contexto terapêutico, razão porquê omito nomes e quaisquer dados que possam levar à identificação do meu paciente, que migrou para o Brasil há cerca de três anos, inicialmente vindo para Roraima.

Logo ao chegar ao Brasil, após viver horas de medo, incertezas e “perrengues” variados, ele presenciou o linchamento de um conterrâneo que foi pego furtando objetos num comercio da cidade de Pacaraíma, para onde veio estimulado por um tio. E contou: “Eu me vi num cenário de guerra; as pessoas gritando, umas assustadas, outras revoltadas… foi assustador”. E continuou: “eu entendo os brasileiros; é chato quando um estrangeiro vem pra sua cidade e rouba, cria confusão… mas eu também sofri vendo aquele homem ser espancando, ele tava errado, mas é que a gente tá vivendo situação muito difícil, falta dinheiro até pra comer… fiquei muito dividido, confuso, só queria que aquilo acabasse…”.

A promessa do tio, que trabalhava uma pousada, era de que ele teria muitas vantagens e facilidades em Roraima, que faz fronteira com a Venezuela, como a maioria sabe. Mas como é de se esperar, o tio prometeu coisas que ele não encontrou ao chegar, pelo contrário, se viu trabalhando 14 horas por dia, ganhando o que mal dava para comer e pagar um quarto para dormir; experimentou a sensação de viver como um escravo – o que ele já sentia imerso nas circunstâncias opressoras no próprio país.

Na Venezuela, ele também trabalhava duro e como era jovem e produtivo, conseguia às vezes ganhar 10 dólares por semana. Disse que a mãe, nem tão jovem, ganhava em torno de 3 dólares semanais.

Ele diz achar ingênua a crença de que o Estado socialista na Venezuela distribui de graça comida, remédios e outras coisas que as pessoas precisam: “Nada é de graça lá! E quem não consegue arranjar emprego, passa fome. Existem armazéns do Estado, onde se pode comprar alguns alimentos subsidiados, mas em geral só se consegue pouca coisa. E pra conseguir coisas melhores é preciso “puxar o saco” da pessoa responsável pela localidade, uma espécie de líder comunitário; esses, têm um pouco mais de facilidades, mas também precisam “lamber as botas” de quem está acima; tem muita corrupção e por coisa pouca. Mas nada é de graça”. Um parêntesis: essa situação de bajulação em torno do líder local, num regime ditatorial, é mostrada na série coreana de título “Pousando no Amor, exibida pela Netflix. Serve como ilustração didática, embora seja obra de ficção apenas para entretenimento. 

Outro aspecto que talvez seja útil esclarecer: ele tem pouco mais de 19 anos de idade e diz ter sofrido muito preconceito pela orientação sexual dele;  vê o próprio país como muito atrasado em conquistas sociais. “Lá, por exemplo, não é permitido casamento entre gays; aqui tem muito mais respeito e leis que protegem a gente; não é que seja proibido ser gay na Venezuela, mas a gente sofre todo tipo de preconceito e não tem o Estado nem leis nos protegendo”. 

Ele diz sentir “coisas muito negativas e ruins” em relação às pessoas daqui que ficam defendendo bandeiras da esquerda, iludidos, sem buscar entender melhor o que estão defendendo; “eu tenho que sair de perto quando elas começam a falar do que não conhecem, a defender ideias esquerdistas…”. E diz sentir pavor ante à perspectiva de que um governo esquerdista venha a assuir o poder político no Brasil. “Aconteceu recentemente na Argentina; tenho medo que aqui também aconteça…” Após muitos desafios e sofrimentos, até chegar em Brasília, se estabelecer com emprego de carteira assinada e até conseguir trazer a mãe, ele teme que também nosso país entre no caos de um regime esquerdista. “Desde que houve o golpe no nosso país, a vida lá foi só piorando; meu avô conta como era antes e ele morreu relembrando tudo que as pessoas perderam; ele tinha esperança de que a ditadura acabasse, mas morreu antes”.

As constantes incertezas, injustiças e lutas para sobreviver fizeram-no desenvolver quadro de ansiedade generalizada. “Ainda hoje tenho pesadelos com minha avó me pedindo para ir vê-la antes que ela morra; pra mim isso é um pesadelo; ela que me criou…  é uma pessoa doente e não aguenta uma viagem longa; mas também eu não posso ir visitá-la porque tenho medo de não poder voltar ao Brasil e ficar preso lá”. E acrescentou: “eu só volto para meu país quando o Maduro cair”.

A avó, segundo ele, vive com a renda da própria aposentadoria, que é de 1 dólar (isso mesmo, um dólar! Pedi para ele repetir achando ter entendido errado, mas não, os aposentados venezuelanos recebem por mês um dólar de proventos) somado a outro dólar da aposentadoria do marido, transferida para ela. “Mas claro que não dá pra viver com dois dólares; nós mandamos dinheiro daqui para ela; senão estaria passando fome. Muita gente lá, a maioria da população, eu acho, só não passa fome porque tem parentes em outros países que enviam dinheiro pra eles”.

Esse meu paciente chegou ao consultório com muitas alterações psicoemocionais, incluindo quadro de ansiedade generalizada, crises de pânico e sintomas de reação aguda ao estresse (no caso, fadiga de combate).

Fico feliz em informar que, passadas algumas sessões, agora ele está bem melhor, menos ansioso, menos tenso, dormindo melhor, planejando o futuro e vivendo momentos felizes aqui no nosso País, que ele diz ter escolhido para viver a vida toda. Admira-me a força e resiliência dele, tendo que passar por tantas situações difíceis desde a infância só por ter nascido numa ditadura dita “socialista”, mas que nada tem de preocupação legítima com o bem-estar das pessoas.

Atualmente, é possível encontrar migrantes venezuelanos, cubanos e até argentinos em Brasília e em outras cidades onde atuem instituições de apoio a refugiados. No ano passado, o Correio Braziliense fez uma reportagem interessante contando histórias de outros “sobreviventes” da ditadura de Maduro: Histórias de venezuelanos que vieram para Brasília.

Pra encerrar, a quem ainda se considere socialista/comunista (marxista ou fabianista),  uma pergunta: você realmente acredita que a vida no Brasil iria melhorar se nos tornarmos uma ditadura socialista/comunista? A quem respondeu sim, um conselho: voltar aos estudos; pesquisar, se informar melhor, ampliar conhecimentos sobre geopolítica, sociologia, história do Brasil, história mundial; ler reportagens de veículos neutros; ou simplesmente conversar com refugiados! Quem sabe assim conseguir voltar a se orientar com base na realidade concreta e sair da visão utópica, produzida por doutrinações veladas, que só beneficia aos espertalhões mal intencionados;  esses, usam os bons sentimentos das pessoas boas, que desejam um mundo melhor, para enganar e usá-las como trampolim para o poder. O marxismo nunca foi nada além de plataforma política para chegar ao poder. Qualquer promessa além disso é pura MENTIRA.

Migrantes venezuelanos caminham por uma trilha para o Brasil, na cidade fronteiriça de Pacaraíma, em abril de 2019. (Foto CNS/Pilar Olivares.

.Página Principal

Perfil psicológico de Karl Marx

Sobre o homem que muitos ainda admiram e que foi responsável pela morte de milhões de pessoas no mundo todo e nos dias atuais ainda causa sofrimento a outros milhões: Karl Marx.

“Quando Marx estava na Universidade de Berlin, juntou-se a uma escola de esquerdistas de hegelianos, seguidores do filósofo alemão Georg Wilhelm Friedrich Hegel. Naquele momento, toda a energia desse grupo era consumida pelo desejo de liquidar o cristianismo. David Friedrich Strauss havia publicado sua “Vida de Jesus”, em 1835 e chocado toda a Alemanha com afirmação de que os evangelhos não eram documentos históricos verdadeiros, mas sim meros mitos que ele acreditava terem sido desenvolvidos a partir do imaginário comum entre os cristãos primitivos. Um companheiro próximo de Marx, Bruno Bauer, escreveu sobre o mesmo tema em 1840, sob o título de “Crítica Histórica dos Evangelhos Sinóticos”. Nessa obra, o autor alegou que os evangelhos haviam sido forjados, que Jesus nunca havia existido e era uma figura ficcional e que, portanto, o cristianismo era uma fraude.

         A essa altura, Bauer e Marx resolveram criar coragem para publicar a revista de ateísmo, mas o empreendimento não obteve patrocínio e morreu na gestação.

         Todavia, a campanha anticristã ganhou outro eloquente protagonista chamado Ludwig Feuerbach, que em 1841 publicou seu “Essência do Cristianismo”. Ele não apenas ridicularizava o cristianismo, mas também apresentava a tese de que o homem é a mais elevada forma de inteligência do universo. Esse exótico lampejo de especulação fascinou Marx, que já incluíra a mesma ideia em sua tese de doutorado. Marx havia dito abruptamente que era necessário “reconhecer como a mais alta das divindades a própria autoconsciência humana”.

A reação do governo a essa campanha anticristã tomou um aspecto sério, o que levou Marx a concluir que não seria prudente apresentar sua tese à Universidade de Berlin, onde estivera estudando. Seu amigo Bruno Bauer lhe sugeriu que fosse à Universidade de Jena. Marx aceitou a sugestão e acabou por receber seu grau de doutor em filosofia nessa instituição, em abril de 1841.

Logo a seguir, no entanto, um duro golpe derrubou sua apaixonada ambição de se tornar professor de filosofia em uma universidade alemã. Esse golpe resultou da colaboração entre Marx e Bauer na redação de um panfleto que foi rigorosamente investigado em razão de seu tom revolucionário. Quando o governo prussiano identificou os autores, Bauer foi sumariamente demitido da Universidade de Bonn, e Marx foi notificado de que jamais teria permissão para ensinar em uma universidade alemã.

A chama do espírito revolucionário ardeu intensa em Marx e ele convenceu-se de que precisava iniciar um movimento para reformar o mundo. Contudo, para conseguir levar a cabo essa tarefa, precisava da companhia de Jenny von Westphalen, a atraente e bem quista filha de um aristocrata alemão que morava na cidade onde Marx nascera. Durante sete anos, ele correspondeu-se com ela. Uma de suas cartas deixava claro que, casando-se com ele, ela se tornaria a esposa de um revolucionário: “Jenny! Se ao menos pudermos unir nossas almas, com desdém lançarei minha luva à face do mundo e hei-de caminhar sobre os destroços como criador”.

Casaram-se em junho de 1843. Naquele momento, o noivo estava desempregado, e Jenny von Westphalen logo descobriu que essa seria uma característica permanente de toda sua vida de casados. Karl Marx jamais alcançou a menor compreensão da responsabilidade assumida pelo marido como chefe de família. Mesmo assim, Jenny von Westphalen continuou leal e devotada a Karl Marx, sob circunstâncias que teriam arrasado uma mulher de menos fibra. Após o casamento, tiveram uma lua de mel de cinco meses, depois da qual foram a Paris, onde Marx esperava colaborar na publicação de um jornal revolucionário chamado “Anuários franco-alemães”. O periódico faliu após o primeiro número e Marx passou os quinze meses seguintes com a agradável tarefa de “estudar e escrever”.

         Esse seria o padrão em toda a sua vida. Mais tarde, enquanto sua família passava fome, ele poderia ser encontrado na biblioteca, dedicando-se ao estudo da matemática superior, uma área interessante, mas que não lhe traria renda alguma. Voltaire referiu-se com escárnio à geração de homens incapazes de conduzir sua própria família e que, por isso, retiravam-se para o sótão, porque de lá conduziriam o mundo inteiro. Marx parecia encaixar-se nesse modelo. Embora parecesse fisicamente indolente, Marx era capaz de realizar quantidades prodigiosas de trabalho intelectual, desde que se tratasse de um assunto que lhe interessasse. Salvo isso, nem se mexia. Como resultado dessas características de personalidade, Marx jamais teve profissão, ofício, ocupação ou meio de sustento. Acerca dessa fase, um biógrafo simpático a ele declara:

Achava o trabalho regular uma coisa maçante; as ocupações convencionais o deixavam mal-humorado. Sem um tostão no bolso e com a camisa empenhada, examinava o mundo com ar de grão-senhor […] Nunca teve dinheiro na vida. Era de uma ineficiência ridícula em suas tentativas de enfrentar as necessidades econômicas de casa e da família, e sua incapacidade para questões financeiras fez com que passasse por uma série infinda de lutas e catástrofes. Sempre estava endividado e sob incessantes cobranças dos credores […]. Metade dos bens da família estava sempre na casa de penhores. Seu orçamento desafiava todas as tentativas de pôr a vida em ordem. Sua bancarrota era crônica. Os milhares e milhares que Engels lhe entregava derretiam-se entre seus dedos como se fossem neve. (Ruhle, Otho, Karl Marx, pp.383-384).

Trecho do livro O Comunista Exposto, W. Cleon Skousen. Vide Editorial (SP, 2018); páginas 54 e 55).

.Página Principal

É impossível ser cristão comunista/socialista

Quando vejo pessoas religiosas combatendo Jair Bolsonaro e sendo favoráveis à volta de Lula à presidência do Brasil ou apoiando projetos da Esquerda “progressista”, me pergunto: “será que  sabem o que estão fazendo? Será que sabem que ideias estão apoiando?” A resposta, após estudar sobre política, geopolítica, marxismo, cristianismo e outras religiões, é NÃO.

“Temos de combater a religião – este é o ABC do materialismo e, consequentemente, do marxismo”.  São palavras de Lênin, no livro Religion, que ele publicou em 1933 pela International Publishers, de Nova York (pág. 14).

Um discípulo dele, Willian Foster, declarou: “Deus será banido dos laboratórios, bem como das escolas” (Foster, Willian Z., Toward Soviet America, International Publisher, Nov York, 1932, pág. 316).

A realidade é: quem apoia os defensores da chamada Esquerda, no Brasil e no mundo todo, não faz ideia de a quem está servindo, por mais bem intencionado que seja, e sequer conhece a fundo princípios e dogmas de uma coisa e outra (do marxismo e do cristianismo).

Então, especificamente aos irmãos cristãos, um recado. Não é possível ser marxista, comunista ou socialista e ao mesmo tempo ser cristão! São coisas incompatíveis. Uma nega a outra.

Proponho que para entender a incompatibilidade entre cristianismo e religiosidade de modo geral e comunismo/socialismo basta observar a realidade, atentar para os fatos racionalmente e perceber que é possível relativizar tudo que dizem outros humanos, mas nunca a Verdade.

A Verdade dos evangelhos é a lealdade aos princípios de defesa da Vida. Algum cristão consegue imaginar Jesus se posicionando a favor do aborto? Ou a favor da legalização das drogas? Ou acredita que matar em defesa de uma “revolução” X ou Y, tem aprovação de Cristo? No momento atual, quando o presidente de Cuba ordena a policiais que batam, prendam ou matem pessoas que se oponham ao regime, ele está sendo materialista ou cristão? Uma atitude dessas pode ser abonada por um seguidor de cristo como algo defensável? E quando ele conclama cidadãos cubanos a defenderem o regime, denunciando e empurrando para a morte irmãos, vizinhos, amigos, parentes, esse líder está agindo dentro dos princípios do cristianismo? Certamente não, nem do cristianismo, nem do budismo, taoísmo, confuciosismo ou maometanismo ou nenhuma outra forma de religiosidade.

Percebem? As práticas marxistas/leninistas se opõem a qualquer pensamento religioso, daí porque defendem o fim de toda religiosidade. No mundo todo, as religiões são unânimes em proibir a morte de outras pessoas, a mentira, o furto e a cobiça às posses alheias (o respeito à propriedade), e o falso testemunho; e ao mesmo tempo defendem que se deve honrar pai e mãe (e o nome de Deus), a castidade (não à promiscuidade e a perversões sexuais – não confundir  isso com homofobia ou autorização para preconceitos), o direito ao descanso semanal (não à escravidão de uma pessoas por outra) e, por extensão, o respeito à Natureza e a todos os seres vivos. AS religiões, ao contrário do que desejam os ditadores, ensinam sobre humildade, fraternidade, caridade e respeito a todas as formas de vida; nada que valide ös fins justificam os meios”.

Exatamente por isso, o cristianismo e outras religiões já são proibidas e/ou perseguidas em países comunistas/socialistas. Porque há incompatibilidade com esses princípios espiritualistas/transcendentes de organização social e os métodos do comunismo/socialismo.

Quando Karl Marx disse “a religião é o ópio do povo”, ele estava defendendo que o Estado ocupasse o lugar de Deus. E que ser humano representa o Estado e em nome dele age? O dirigente máximo, o ditador! Melhor exemplo disso é a proibição, na Coreia do Norte, de sorrir, falar alto, cantar, dançar e beber álcool a cada dia 08 de julho, em respeito ao aniversário da morte de Kim Il-sung, o ditador que iniciou o regime comunista na Coreia do Norte, em 1948. Não é o ditador tentando substituir Deus?

Na China e na Coreia do Norte, o cristianismo precisa ser vivido na clandestinidade; nesses dois países, os cristãos são considerados inimigos do Estado. A organização alemã Missão Portas Abertas, uma entidade internacional dedicada a apoiar cristãos perseguidos, tem dados abundantes sobre as vítimas e sobre os métodos de perseguição. É só pesquisar.  

Líderes chineses, norte-coreanos e cubanos são verdadeiros genocidas, mas no Brasil, genocida é um presidente que defende a liberdade religiosa, que convida a orar o Pai-Nosso e combate com veemência o marxismo, e cujos apoiadores, reunidos em manifestações, oram pelo País e pelos equivocados opositores da Nação! Não desejam a morte de nenhum opositor nem espalham ódio, ao contrário do que é propagado em fake news. A alcunha de genocida é proferida por quem nada sabe de História e/ou por  gente que espalha mal intencionadas narrativas com intenções sombrias e em nada patriotas nem humanistas.

Ao apoiarem os inimigos desse presidente, (que comete seus erros e tem sim, aspectos a serem melhorados, como todo ser humano), estão fortalecendo os perseguidores do cristianismo. Para os que gostam de citar a Bíblia, recomendo ler Lucas 11:23 e Matheus 12:30, que dizem “toda pessoa que não está comigo, contra mim está, e aquele que comigo não ajunta, espalha.” Ou seja, os cristãos devem tomar cuidado com as falácias e os discursos enviesados dos que os convidam a atacar e não a defender a  obra do Cristo.

Para finalizar recomendo leitura sobre Richard Wurmbrand, um pastor e escritor evangélico romeno, preso e torturado pelo regime comunista da União Soviética na Romênia, ao divulgar que o comunismo era anticristão, e por teimar em manter uma igreja cristã nos subterrâneos dos países da chamada Cortina de Ferro. E para fechar, a célebre frase de Cristo: “conhecereis a verdade e a verdade vos libertará”. Não é de Bolsonaro; é do Evangelho de Jesus, (João 8:32).

.Página Principal

Reflexão em tempos de abusos

Por que as pessoas estão abrindo mão da própria faculdade/capacidade de pensar? Por que estão abdicando do senso crítico e se deixando conduzir por cegos? Comodismo? Imaturidade? Fuga da responsabilidade? Medo irracional?

Quem não governa a própria vida, fatalmente será governado.

“Podemos facilmente perdoar uma criança que tem medo de escuro. A real tragédia da vida é quando os homens têm medo da luz.” Platão

.Página Principal

Hoje é dia de Carmelita?

_ Hoje é dia de Carmelita?

_ Sim! Hoje você tem terapia. Respondeu a mãe.

_ Tá; vou me arrumar.

Ele tem só 4 aninhos, e um caminhão de inteligência e espírito independente. Sozinho sabe reconhecer o dia da semana que vai ao meu consultório e se arruma sem pedir ajuda da mãe. Às vezes chega com um visual bem estranho, mas quem se importa? Vamos chamar isso de “licença para construção do autossuporte”. A mãe, sabiamente, respeita esse anseio de autorrealização, mas impõe limites quando necessário.

Ontem, recebi dele um elogio enviesado:

_ Ainda bem que hoje era dia de Carmelita; senão eu não ia jogar esse jogo muito legal! Comentou, demonstrando estar adorando a atividade com um jogo didático. Claro que retribui rindo solto e comentando: “Ah,você é um fofo!” Ao que ele respondeu:

_ Minha mãe fala isso toda hora, que eu sou um fofo e engraçado! Rimos juntos.

Ele não diz “hoje é dia de terapia”, como outras crianças; ele categoriza o evento como”dia de Carmelita”. Como às vezes sou muito dura com ele e ele próprio sabe das condutas inadequadas (ele é o que chamo de TODizinho, isto é, tem Transtorno Opositor Desafiador, TOD), possivelmente, ao se referir à ida dele à terapia como “Dia de Carmelita” ele esteja, inconscientemente, minimizando a própria necessidade de fazer terapia.

Não, isso não é psicologização exagerada: crianças com TOD, via de regra, têm inteligência acima da média, anseio de perfeição e negação dos próprios defeitos (inconsciente, claro), além de uma propensão para transgredir, quebrar as regras, e para manipular adultos de modo a fazerem valer a própria vontade (vontade impositiva e egoísta é algo que sobra neles); sabem usar a inteligência elevada em defesa própria. Mas, também via de regra, têm sentimentos amorosos (digo apenas “coração bom), desejam fazer a coisa certa e serem aceitos e queridos.

Outra paciente, de sete anos à época e com queixa similar, sonhava em ganhar na escola o “Certificado de Alma Boa”, uma estratégia pedagógica adotada para incentivar nos alunos boas condutas. Achei a ideia muito interessante. Essa menininha batia nos colegas, fazia birras ao ser contrariada (baixa tolerância à frustração), entre outros “desvios comportamentais”. Ela se ressentia ao ver outras crianças serem agraciadas com o certificado e ela, não! Em terapia, trabalhamos as disfuncionalidades comportamentais e outras condutas, quase sempre desrespeitosas em relação aos direitos dos outros. Um dia ela ganhou o tal certificado. Chegou à sessão radiante para me contar sobre a conquista! Esse e outros episódios confirmam minhas suspeitas de que, internamente, eles reagem mal e por impulso, mas gostariam de fazer diferente.

Outro todizinho me disse certo dia: “tia, eu entendi o que acontece comigo: tem um vulcão dentro de mim e às vezes ele entra em erupção”. Brilhante analogia! Fiquei estática, admirando a percepção dele, que também tinha só quatro anos de idade. Este caso, havia o TOD associado ao espectro do autismo leve. Foi muito enriquecedor trabalhar com ele! Somado à inteligência, o sorriso iluminado como raios de sol, ele ainda tinha uma “pegada sedutora”. Dizia sempre: “primeiro as damas”, ao nos aproximarmos de uma porta. Como não se encantar? A vigilância quanto ao risco de contratransferência é permanente!

Não é fácil ser pais, professores nem terapeuta deles. Mas, particularmente, gosto muito. Tenho tido sucesso em ajudá-los e isso me proporciona elevado sentimento de realização profissional. Como manejar? Bem, isso já é um segredo profissional! Brincadeira! A chave, basicamente, está nas clarificações que os convença a enxergar sentido nas regras, nas orientações dadas aos pais no sentido de ele saberem impor limites e frustrá-los com senso de justiça e retidão, isto é, a terem “autoridade parental”( não autoritarismo arbitrário). Ao mesmo tempo, há que se temperar isso com muito amor, em casa e no consultório. E quanto antes esse trabalho for feito, maiores os êxitos. “É de pequeno que se torce o pepino”, diziam nossos avós, com toda razão.

Autistas e TODs são os meus encantos e também meus “professores”. Como não amá-los?

.Página Principal

Terapia online e terapia presencial: diferenças e confluências

Para dar uma espiadinha no conteúdo do livro PSICOTERAPIA PRESENCIAL E ONLINE: CAMINHOS DIFERENTES QUE SE ENCONTRAM, incluindo o índice, acesse o link dele no Amazon. Ou clique na imagem abaixo.

Outros market places onde o livro pode ser encontrado:

No Shoptimes:https://www.shoptime.com.br/busca/psicoterapia-presencial-e-online-caminhos-diferentes-que-se-encontram?rc=Psicoterapia+Presencial+E+Online%3A+Caminhos+Diferentes+Que+Se+Encontram

No site das Americanas:https://www.americanas.com.br/busca/psicoterapia-presencial-e-online-caminhos-diferentes-que-se-encontram?rc=Psicoterapia+Presencial+E+Online%3A+Caminhos+Diferentes+Que+Se+Encontram

No site Ureader: https://www.ureader.com.br/ebook/1082221/psicoterapia-presencial-e-online-caminhos-diferentes-que-se-encontram

No ESTANTE VIRTUAL:

PSICOTERAPIA PRESENCIAL E ONLINE: CAMINHOS DIFERENTES QUE SE ENCONTRAM

No site Um livro: PSICOTERAPIA PRESENCIAL E ONLINE

No Estante Virtual : PSICOTERAPIA PRESENCIAL E ONLINE

No Mercado Livre: Psicoterapia Presencial e Online…

O book trailer (semelhante a um trailer de filme), apresentando o conteúdo pode ser visto no Youtuber, no link a seguir:
https://www.youtube.com/watch?v=L0-uSCk7K8c&feature=youtu.be

.Página Principal

Momento terapêutico

Sentado à minha frente, distraído com tintas e o esforço de pintar um Minion, está um paciente fofo; já nos conhecemos tem uns 8 meses; ele agora está com sete anos de idade e bem mais organizado no funcionamento geral; apresenta traços do espectro autista (do tipo Asperguer). Nossa aliança terapêutica é forte. Ele se encanta com as cores novas que vão surgindo da mistura de outras. Estava precisando de marrom; então pego um pouco de verde e misturo a uma porçãozinha de vermelho, usando a ponta da espátula; vemos surgir o marrom. Ele se surpreendeu: “Funcionou! Deu marrom! Nossa, você é boa nisso! ” Eu pergunto: “Sou boa em quê?!” Ele responde prontamente: “em fazer marrom!” Riso solto dos dois lados. Minutos depois, me distraio por segundos, fugindo do espaço da terapia, e sem querer solto um sonoro suspiro (inquieta com uma questão pessoal). Ele levanta a cabeça e me olha; eu devo ter feito uma expressão de tristeza ou algo parecido, porque me pergunta: “Por que você tá assim?” Eu digo: “Ah, problemas de adultos, meu bem. Não se preocupe”. Ele insiste: “Diz aí, qual é o B.O?”. Não me aguento e explode uma gargalhada. Ele gargalha também e ficamos lá, uns bons minutos rindo um do outro. Coisas assim compõem a magia de ser terapeuta de crianças. Daí penso novamente: “eu tenho a melhor profissão do mundo”.

.Página Principal

Book trailer: uma novidade do mercado editorial

Semelhante ao trailer de um filme, agora inventaram o book trailer. É uma espécie de resenha com cara de peça publicitária; uma apresentação sucinta de um livro. Acabo de publicar no Youtube, em um canal que criei só para essa finalidade, um book trailer do meu recém-publicado livro PSICOTERAPIA PRESENCIAL E ONLINE: Caminhos diferentes que se cruzam. Gostei do resultado, cujo link está abaixo:

BOOK TRAILER

.Página Principal

Livro novo! Psicoterapia presencial e online: caminhos diferentes que se cruzam

Transcrevo abaixo o texto da editora Dialética para apresentação do livro (meu livro! ); achei que ficou bem fiel ao conteúdo.

“A prática da psicoterapia, exercício de amor crístico, faz as pessoas se identificarem umas com as outras e iniciarem um caminhar compartilhado; faz nascer no psicoterapeuta a vontade de ser uma ponte capaz de conduzir o paciente/cliente ao outro lado, o lado do encontro com ele mesmo, do amor-próprio e do autoconhecimento. Freud abriu caminho, Carl Jung e outros o alargaram. Hoje, esse ofício sublime dispõe de variadas estradas. O avanço das tecnologias de comunicação e a expansão da internet trouxeram para o universo das práticas de saúde a psicoterapia online, que estende os braços para a psicoterapia presencial, e nessa aliança ambas expandem as ofertas de ajuda às pessoas. O isolamento social imposto pela gestão da Covid-19 empurrou as pessoas para o caminho do virtual. Este livro desnuda aspectos das duas modalidades, passeando por temas como aliança terapêutica, ética, cuidados com a confidencialidade, relatos de psicólogos experientes e de pessoas que já fizeram psicoterapia. A obra foi escrita não apenas para psicoterapeutas, estudantes de psicologia e outros profissionais interessados em compreender o universo da prática clínica em Psicologia; é dirigida também a todas as pessoas que desejem compreender melhor o que é fazer psicoterapia, presencial ou online, e que precisem de informações úteis na escolha do profissional.”

Mais informações

Versão e-book e Kindle

.Página Principal

Diferença entre fazer psicoterapia e conversar com amigos?

A psicoterapia envolve a comunicação entre pacientes e terapeutas que se destina a ajudar as pessoas. As pessoas procuram psicoterapia quando desejam:

  • Encontrar alívio da angústia emocional, como tornando-se menos ansioso, com medo ou deprimido.
  • Procurar soluções para problemas em suas vidas, como lidar com decepções, tristezas, problemas familiares e insatisfação com o trabalho ou carreira.
  • Modificar maneiras de pensar e agir que as impedem de trabalhar produtivamente e de desfrutar de relacionamentos pessoais.

A psicoterapia em geral começa com uma conversa sobre eventos marcantes do presente ou do passado e as inquietações que levaram a pessoa a procurar ajuda. Após essa avaliação inicial, em que normalmente o profissional e o paciente definem uma queixa, ambos estabelecem um acordo, denominado contrato de tratamento. Esse contrato especifica define objetivos do tratamento, procedimentos de tratamento e um cronograma regular para o horário, local e duração de suas sessões de tratamento. Às vezes, esse contrato de tratamento é escrito explicitamente, mas com mais frequência é apenas verbal, discutido entre paciente e terapeuta.

Falar com um psicoterapeuta é diferente de falar com um amigo basicamente em três aspectos, os quais aumentam a probabilidade de ser útil:

  • Os amigos podem ser capazes e dispostos a ouvir e dar conselhos, mas psicoterapeutas qualificados e devidamente licenciados são profissionais treinados, com educação especializada e experiência na compreensão de problemas psicológicos.
  • Enquanto as amizades são tipicamente relacionamentos mútuos nos quais as pessoas se revezam para serem úteis umas às outras, a psicoterapia é inteiramente dedicada ao bem-estar do paciente, à compreensão da dinâmica consciente e inconsciente dele e orientada para acompanhar o paciente no percurso de autoconhecimento, descoberta de limites, potenciais e outras singularidades,  construção ou recuperação da autoestima e do autossuporte, entre inúmeros outros benefícios. A psicoterapia concentra-se exclusivamente nas necessidades do paciente, com intuito de aliviar-lhe sintomas, corrigir disfuncionalidades e apontar soluções para problemas ou mudanças no estilo de vida.
  • Em contraste com a mutualidade, a informalidade e os múltiplos interesses compartilhados que geralmente caracterizam as amizades, a psicoterapia envolve um compromisso formal de se reunir regularmente em um horário designado, para falar apenas sobre as preocupações do paciente e continuar a se encontrar, desde que sirva ao paciente interesses.

Fonte (com adaptações): APA – Associação Americana de Psicologia